Objectivos

Com o início da nova época futebolística pretende-se com este blog registar todas as incidências dos jogos, desde uma crónica aos jogos, registo de resultados, de melhores marcadores e de MVP.São jovens que começam a dar os primeiros pontapés numa competição oficial e onde os técnicos do Futebol Clube de Infesta depositam a maior confiança para que juntos, no fim da época, possamos dizer “objectivos cumpridos”.

E que objectivos são esses? Abaixo segue a sua enumeração:


a) enfatizar que o bom percurso escolar é fundamental para a formação intelectual do indivíduo, para o seu futuro profissional e para a continuidade na "familia" que se pretende criar nos infantis do Futebol Clube de Infesta;

b) desenvolver um espirito de equipa, de competição saudável, de responsabilidade e de respeito pelo próximo (fair-play);

c) fomentar a alegria e o prazer de praticar desporto, mais especificamente, no futebol;

d) estimular a camaradagem, o reconhecimento e respeito pela autoridade;

Obviamente que todos queremos ser os melhores mas para que tal aconteça é precisso superar, indubitavelmente, todos os objectivos mencionados. Eles não são independentes, são complementares e constituem bases sólidas para um trajecto excelente do grupo em mais uma nova época.

Com a ajuda dos técnicos, directores e staff médico, esperamos ter o maior sucesso a todos os níveis e desejamos boa sorte a todos os nossos jogadores.

E depois de 2007/08...que venha a 2008/09...e também 2009/10!!!

domingo, 28 de outubro de 2007

Desp. Portugal 0-2 FC Infesta

A sexta jornada reservava uma complicada deslocação ao Campo Rui Navega, um campo tradicionalmente dificil pelas sua reduzida dimensão mas também porque o Desportivo de Portugal mantinha um excelente registo nos jogos em casa: 3 jogos - 3 vitórias.
Por tudo isto e porque era uma das equipas que se mantinha no topo da classificação a par do FC Infesta e do FC Foz, este jogo era de tremenda importância e um bom teste para as ambições e qualidade das duas equipas.

Antes demais, importa fazer uma breve referência à qualidade do balneário colocado à disposição dos visitantes. Eu lembro-me de ter jogado neste campo ao serviço do FC Infesta e não pude deixar de reparar que os balneários continuam exactamente iguais áqueles onde me equipei, aproximadamente à 12 anos!!! Como não sei quais as razões para a manutenção destes balneários no mesmo estado que apresentavam há uns valentes anos atrás apenas posso referir que é pena que o Desportivo de Portugal não possa melhorar este aspecto porque os jogadores merecem melhor e estou a falar dos nossos, dos deles e os de todas as outras equipas.

O aquecimento foi administrado pelo mister Sérgio que tem estado ausente dos treinos e assim continuará por mais 2 semanas. A sua ausência deve-se a uma formação profissional que ele tem estado a frequentar. Em nome de todos os nossos rapazes e do staff técnico, directivo e médico desejamos ao mister Sérgio boa sorte para o seu curso.


A partida tem o seu início e o FC Infesta começa a instalar-se no meio-campo adversário. De qualquer modo a equipa visitada mostrou desde o início um nível de agressividade elevado que foi contendo muito bem as investidas dos visitantes. Nesta luta no meio-campo assistia-se a um duelo interessante entre João Miguel e Álvaro (nº 30), ambos com grande capacidade física mas com uma ligeira superioridade de Álvaro.

O FC Infesta começou aos poucos a explorar os flancos e o jogo começou a ser um pouco mais fluído sendo que neste aspecto de jogo o mérito vai para os alas André e Zé Luis porque souberam abrir o jogo mas também para o centro do meio campo, onde especialmente Lucas tentava abrir o jogo. Durante a primeira parte João Miguel entregou-se progressivamente à luta mas revelou-se lento a executar enquanto Rui manteve-se um pouco desligado do jogo.

E foi numa excelente combinação ofensiva em que Leonel segura a bola, entrega-a para Vitor, este abre no flanco direito para o sprint de Zé Luis que num cruzamento perfeito e em meia altura encontra Leonal no segundo poste a empurrar, de primeira, a bola para o fundo das redes.

É justo focar esta movimentação colectiva, que é constatantemente "martelada" pelos técnicos porque o futebol é simples e quando não se complica o sucesso está mais perto. Lembram-se do treino que fizemos na terça-feira?

Ainda no decorrer da primeira parte, a sorte esteve do lado do FC Infesta, quando viu a bola embater com estrondo na barra após uma boa execução de um livre directo por Álvaro. Seria o empate mas na altura do jogo seria algo injusto dadas as outras oportunidades que o FC Infesta foi criando.

Aliás algumas destas oportunidades que mencionei foram anuladas por alguns foras-de-jogo muito mal assinaldos. Mas depois de os assinalarem não há nada a fazer e nem vale a pena reclamar.



Chega o intervalo e as equipas recolhem ao balneário.
Durante o intervalo assistiu-se a uma cena totalmente inadmissível e que irá ser alvo de análise no próximo treino. Os prevaricadores sabem muito bem de quem e do que estou a falar e certamente esta situação não passará em claro.
Nós somos um grupo e temos de nos comportal como tal e cenas de indisciplina são intoleráveis e adquirem uma gravidade maior quando se pasam durante um jogo oficial. Já imaginaram a imagem que passaram para os adeptos? A fama que o grupo pode ganhar? Vocês são jovens e há conceitos que ainda não conseguem compreender na totalidade mas o respeito pelos colegas, equipa técnica, directiva e médica é que nunca pode faltar!

A segunda parte começou com uma maior preponderância ofensiva dos visitados, tendo criado várias situações de perigo junto à baliza mamedense. Durante esta fase, os primeiros 15 minutos da segunda parte, a defesa por momentos tremeu um pouco mas acabou por se estabilizar e aqui importa destacar o excelente desempenho de Joel (desta vez não teve tempo para fazer "montinhos").

A pressão sobre os árbitros por parte dos adeptos locais começou a fazer-se sentir e a arbitragem começou a tremer um pouco, caso contrário a equipa local não teria chegado ao fim do jogo com 11 jogadores.
Nesta altura entra Fábio que, apesar de não ter marcado qualquer golo foi de extrema importância pois conseguiu, com as suas arrancadas, amedrontar um pouco a defesa contrária.
Até que num destes lances isola-se e é "ceifado" por trás à entrada da grande área adversária. Antevia-se a natural expulsão do defesa mas apenas "saiu" amarelo!!!
Na execução do livre, Duarte fez o segundo golo com um remate forte e colocado ao ângulo superior direito da baliza. Excelente execução.


Era altura de sossegar um pouco e começar a trocar mais a bola e foi então que Rui começou a acompanhar Lucas nesta tarefa. Soltou-se mais e o meio campo mamedense recuerou o controlo do jogo. Lucas acabou por ser substituido completamente desgastado fisicamente e Rui ganhou outra dimensão ofensiva. Até que numa boa troca de bola junto à grande área Rui isola-se e em frente ao guarda-redes tropeçou e falhou o golo que era certo. Falhar todos falham mas aparecer para finalizar é que nem todos conseguem por isso Rui é levantar a cabeça e esquecer.
Até ao fim da partida, o FC Infesta ainda desperdiçou 2 grandes oportunidades, por Fábio e André.
Concluindo, foi uma vitória difícil, num campo complicado e contra um adversário bastante agressivo mas que foi inteiramente justa.

Por fim, uma palavra sobre a arbitragem:
- independentemente da idade dos jogadores as leis existem e não podem ser negligenciadas por isso no capítulo disciplinar o árbitro foi péssimo e não protegeu a integridade física dos jogadores, especialmente a dos mamedenses;
- no lance do Fábio o defesa só podia ser expulso, assim como um avançado do Desportivo de Portugal que empurrou deliberadamente com o propósito de lesionar o seu adversário, já com a bola fora de jogo, um mamedense contra o banco dos suplentes;
- outra coisa que causou espécie foi o constante vernáculeo utilizado pelos infantis do Desportivo de Portugal dirigido à equipa de arbitragem. Eu não sei o porquê do fazer "ouvidos de burro" por parte da equipa de arbitragem mas caso eles não saibam, o futebol jovem é também conhecido por futebol de formação e compete também a eles educarem os jogadores. Não são apenas os técnicos, os directores, a equipa médica, os pais e os professores que são responsáveis pela formação dos jogadores e dos indivíduos, os árbitros enquanto agentes desportivos disciplinadores nunca podem deixar passar esta responsabilidade que lhes é devida;
- relativamente aos fora-de-jogo, os juízes de linha cometeram alguns erros, quase todos por mau posicionamento.




- Leonel


- Duarte




MVP: Espirito da Equipa

Nesta jornada era injusto destacar apenas um jogador e por isso mesmo resolvi destacar o espirito de equipa que sustentou o resultado conseguido.

Nessa medida irei, excepcionalmente, comentar as exibições de cada um dos nossos meninos:

  • Joel - Transmitiu sempre segurança à equipa quer dentro dos postes quer sempre que foi chamado a intervir fora da área. No periodo de maior pressão do adversário, Joel conseguiu resolver, algumas vezes com um pouco de sorte à mistura, todas as investidas adversárias.

  • Vitor - Como tem sido seu apanágio, entrou no jogo a dormir. Lento a reagir, frequentemente ultrpassado no seu flanco durante a primeira parte, subiu de rendimento durante a segunda parte. Na segunda metade soltou-se e conseguiu apresentar um rendimento razoável.

  • Sérgio - Apresentou uma exibição regular, com uma maior disponibilidade ofensiva durante a primeira parte. Na segunda não foi tão ofensivo mas manteve a agressividade competitiva que lhe é reconhecida e sempre que foi oportuno subiu pelo seu flanco efectuando algumas boas combinações com André.

  • Daniel - O nosso central mais recuado ainda precisa de afinar a sua voz de comando na defesa na medida em que ainda há quem resista às suas indicações para subir no terreno por causa do fora de jogo. Realizou uma exibição acertada mas que só não foi boa porque teima em não atacar a bola de cabeça, deixando-a bater e, consequentemente, ter enormes dificuldades para ganhar o lance.

  • Diogo - Começou um pouco mal mas foi ganhando confiança ao longo que o tempo passava. Impôs o seu físico e foi muito importante na forma como actuou, agressivo e determinado. Está a crescer mas ainda apresenta algumas lacunas na reposição da bola em jogo. No lance mais complicado para ele conseguiu conter a sua impulsividade a uma entrada mais impetuosa de um adversário.

  • Zé Luis - Durante o tempo que esteve em jogo baateu-se bem com o adversário e ganhou muitos lances no seu flanco. Num dos seus sprints efectuou um excelente cruzamento que deu origem ao golo inaugural do jogo. Contudo tem de aprender a ajudar o seu colega de flanco a defender porque alguns dos lances de maior perigo dos locais tiveram origem na deficiente marcação e compensação efectuada por ele. É preciso correr para a frente mas também para trás.

  • André - Está a evoluir a cada jogo que passa. Lutador, espirito de equipa, técnica e disponibilidade fazem deste médio uma peça determinante actualmente. Contudo precisa de melhorar um pouco a visão de jogo.

  • João Miguel - Entrou a dormir e tardou a acordar. Mas a partir desse momento foi uma pedra fundamental na destruição do jogo ofensivo do Desportivo de Portugal, sobretudo pela boa marcação que fez ao nº 30 dos visitados. Foi à luta e nunca teve medo mas quando lhe era pedida velocidade na distribuição do jogo, foi quase sempre batido devido à sua lentidão de processos. É preciso maior rapidez de decisão.

  • Rui - Escondeu-se do jogo durante largos periodos da primeira parte. Não se percebe o porquê destereceio porque qualidade não falta mas isso não é suficiente nem faz dele ainda um grande jogador. Precisa de se entregar mais ao jogo, de procurar a bola, de atacar o adversário, de se mexer porque depois ele sabe distribuir. Na segunda parte subiu exponencialmente de rendimento o que lhe permitiu isolar-se mas no momento de chutar à baliza tropeçou e falhou um golo certo. Para a próxima não falha de certeza.

  • Lucas - Saiu esgotado fisicamente. Correu quilómetros e nunca em vão pois tanto estava na defesa a apoiar os seus colegas como estava à frente a distribuir jogo. Desmarcou muito bem Zé Luis no lance do primeiro golo e procurou sempre flanquear o jogo como sempre os técnicos lhe têm dito. Técnica, visão e determinação são qualidades que neste jogo foram bem expostas pelo nosso capitão.

  • Leonel - Enquanto teve pulmões consegui fazer parte daquilo que lhe era pedido: segurar a bola e esperar pelo apoio no ataque. Tentou distribuir jogo nos flancos mas nem sempre teve força para colocar a bola mas no lance do golo mostrou um bom movimento de ponta de lança ao desviar de primeira o cruzamento de Zé Luis. É preciso mais pulmão Leonel.

  • Duarte - Por natureza é um pouco relaxado demais no jogo mas tem qualidade para muito mais. Por isso ouve muitas vezes nas orelhas pela sua entrega ao jogo, especialmente quando não tem a bola e é necessário movimentar-se sem ela. O futebol joga-se muito sem bola e para um extremo isso é fundamental. Contudo a sua exibição ficou marcada pelo fantástico golo na conversão de um livre directo...e já apanhou o Fábio na lista dos melhores marcadores.

  • Fábio - É uma espécie de talismã. Sempre que entra mexe com o jogo e quase sempre faz o gosto ao pé. Este sábado só não aconteceu uma vez por inépcia e outra porque foi ceifado quando estava isolado frente ao guarda-redes. Mas a sua entrada e colocação na frente de ataque foi importante pois conseguiu prender os defesas e criou várias situações de perigo devido à sua velocidade e técnica, contudo precisa de ser mais agressivo na abordagem aos lances.

  • Guedes - Entrou numa fase em que era importante dar frescura ao meio campo e foi-lhe pedido que jogasse simples e nunca virasse a cara à luta. Cumpriu sem qualquer tipo de problema apesar dos poucos minutos em campo.