
Mesmo assim esteve uma boa moldura humana a assistir ao jogo e isso é um facto que nos deixa muito satisfeitos. Nós precisamos do apoio de todos para atingirmos os objectivos a que nos propusemos desde o início.
Moralizados pela exibição e resultado alcançado na deslocação à Lixa, havia o perigo de relaxamento e excessiva confiança dos nossos rapazes. Contudo desde o início do campeonato que o grupo está habituado a “desligar” dos resultados obtidos nas jornadas anteriores e a concentrar-se, unicamente, na próxima final.
A observação do jogo que o Gandra foi realizar ao Canidelo permitiu-nos ter uma ideia do conjunto que iríamos defrontar neste dia cinzento. Daí a colocação do João Miguel ao centro do meio campo, dotando a nossa intermediária de maior capacidade no jogo aéreo.
A partida começa praticamente com o primeiro golo do Leonel (bisou nesta partida). A bola chega aos pés do Duarte que dribla de forma perfeita o seu opositor e cruza tenso para o Leonel fazer balançar as redes do enorme guarda-redes visitante.
A toada ofensiva da turma visitada continuou e o perigo nunca deixou de rondar a baliza adversária. Durante toda a primeira parte, o nosso João Pedro quase foi um mero espectador.
A pressão alta que os nossos rapazes estavam a realizar contribuiu para o acumular de uma série de oportunidades que esbarraram quase sempre no fantástico guardião adversário ou nos ferros da baliza do mesmo.
Incrível a série de bolas com selo de golo que o guardião do Gandra foi desviando para fora. Quem assistiu à partida não se pode esquecer de uma série de cantos (4 ou 5 consecutivos) em que a bola andou a passear pela pequena área adversária sem que ninguém do FC Infesta conseguisse empurrar a redonda para o fundo das redes.
E quando não eram os jogadores do Gandra ou os ferros da baliza, era o árbitro! Foi gritante a penalidade não assinalada a favor do FC Infesta, não marcada pela equipa de arbitragem ao fazer vista grossa à mão do lateral esquerdo dos visitantes. Foi uma autêntica intercepção de bola à boa maneira do basquetebol!!!
Os lances de perigo que o Gandra foi criando iam sendo resolvidos pela nossa defensiva, com alguma dificuldade, dada a velocidade e qualidade técnica do ponta de lança do Gandra.
Ainda antes do final do primeiro tempo o FC Infesta amplia a vantagem com mais um golo do Leonel. O nosso avançado está com o pé quente nesta fase final: 2 jogos, 3 golos. O golo surgiu de mais uma recuperação de bola numa zona avançada do terreno, que Rui encarregou de distribuir e Leonel desviar para o funda da baliza.
Na segunda parte o Gandra surgiu com uma estratégia ofensiva diferente: o jogo directo. Aproveitando o facto de estar a jogar a favor do vento e o forte pontapé do seu guardião, a equipa visitante colocou vários problemas à turma mamedense.
Obviamente que a má abordagem que os nossos jogadores faziam dos longos e altos pontapés do guarda-redes adversário, contribuiu decisivamente para os calafrios que foram sofrendo.
A insistente teimosia em deixar a bola, batida pelo guardião do Gandra, bater no chão em vez de a atacar, originou lances de perigo (relativo) perfeitamente evitáveis. Mas tantas vezes a situação se repetiu que o Gandra reduz a desvantagem no marcador num lance de futebol directo. Mas mais uma vez, a equipa de arbitragem demonstrou desconhecer as leis do jogo ao não sancionar fora de jogo ao jogador que encostou a bola para a baliza dos locais, que se encontrava só com o João Pedro entre a linha de golo e ele. Ele encontrava-se plantado na pequena área bem à frente da bola e do colega que a endereçou. Se o passe tivesse sido feito para a trás não havia qualquer irregularidade…mas não foi isso que aconteceu…enfim!
Retomando ao jogo propriamente dito…a estratégia do Gandra era simples: colocou 2 jogadores rápidos bem encostados à linha; fixou o jogo entre o seu enorme guardião e o seu talentoso ponta de lança; aproveitou o vento e optou pelo jogo directo.
Mas a turma da casa continuou à procura do golo tranquilizador e as oportunidades continuaram a suceder-se ao mesmo ritmo que o guardião visitante ia fazendo uma super exibição.
O FC Infesta refrescou as suas alas, tentou explorar a maior frescura desses mesmos jogadores, trocou de avançado…mas se calhar o melhor era trocar o guarda-redes adversário J
Poucos minutos antes do final da partida chegou o golo que traduzia maior justiça no marcador. Num misto de pressão/atrapalhação a bola sobra para o André que remata cruzado e colocado sem qualquer hipótese de defesa para o redes.
Estava feito o resultado final e chegava ao fim mais uma final.
Realizou uma exibição enorme! Foi um leão autêntico na luta pela bola e na entrega ao jogo. Abordou o jogo da forma que se lhe pediu: ganhar o meio campo e circular a bola. Foi gigante na recuperação e só pecou nos tempos da distribuição de jogo pois, em algumas ocasiões, prendeu em demasia a bola anulando situações de perigo por “excesso” de vontade. É este o Rui que queremos!
Como jogou o FC Infesta?