Para esta jornada o FC Infesta partia na liderança da fase final, contabilizando todos os jogos por vitórias.
Para infelicidade do FC Infesta o dia estava chuvoso, facto que penalizava a turma portuense, na medida em que a partida da última jornada havia terminado há menos de 48 horas, sendo inclusive disputada num terreno pesado (fruto do dia chuvoso que esteve na passada quinta-feira).
Também para o dia de hoje estava agendado um churrasco de convívio entre os jogadores, familiares e equipa técnica e directiva dos infantis do FC Infesta. O enorme espírito que existe nos infantis (entre jogadores, equipa técnica e directiva) foi o grande responsável por tamanha iniciativa e nem mesmo o tempo traiçoeiro e a má tarde dos nossos rapazes, impediu que o churrasco fosse um mega sucesso.
Mas voltando ao jogo…esta foi uma tarde má demais para a equipa visitante. Em termos exibicionais, com excepção do jogo em casa com o Leixões, foi a pior exibição realizada esta época. E veio confirmar o dado estatístico que é bastante curioso: sempre que o FC Infesta não marcou golos, perdeu!!! Aconteceu 2 vezes com o Porto e 1 vez com o Leixões, ou seja, só em 3 jogos é que não conseguimos marcar golos!!!
Esta tarde a nossa equipa não conseguiu marcar qualquer golo e perdeu! Não querendo tirar mérito à equipa da casa, pareceu-me mais um jogo perdido pela turma mamedense do que ganho pela turma do Canidelo.
O jogo começou com bastante equilíbrio no meio campo e com os guarda-redes a serem uns autênticos espectadores.
Mas com o tempo os visitantes começaram a ganhar uma ligeira supremacia que culminou com a única verdadeira oportunidade de golo da primeira parte. Na sequência de uma recuperação de bola a meio campo, o esférico é endereçado para a meia direita, onde surge Duarte isolado que remata para uma boa defesa do guardião local.
Após essa ocasião a equipa da casa foi equilibrando, novamente, o jogo com especial destaque para o seu ala esquerdo (através de tentativas falhadas de chapéu). Neste reequilibrar de forças, importa referir o aumento de agressividade dos jogadores locais, obrigando o FC Infesta a substituir Rui por lesão, ainda antes do intervalo.
O intervalo chega com o marcador a nulo.
Para a segunda parte esperava-se uma melhor reacção da nossa equipa e os nossos rapazes foram bem alertados para todas as incidências de jogo que poderiam vir a presenciar. Foi-lhes pedido para não irem no jogo do adversário e colocarem a bola no relvado, para pressionarem alto e para demonstrarem a garra que neste tipo de jogos faz muita diferença.
Com o início da segunda parte a equipa da casa continuou no seu estilo de jogo britânico, tentando aproveitar a rapidez que a chuva trouxe ao relvado quando a bola batia na relva, a rapidez dos seus jogadores e os eventuais erros defensivos da turma de São Mamede de Infesta.
E com esta forma de jogar, aliada à maior agressividade competitiva evidenciada pelos da casa, o jogo começou a inclinar para a baliza do João Pedro.
Os lançamentos longos da defesa da casa iam criando alguns problemas defensivos ao FC Infesta e o golo do Canidelo começava a adivinhar-se.
Minutos antes de inaugurar o marcador, o Canidelo dispôs de duas oportunidades claras de golo, com os seus jogadores a surgirem isolados, anuladas de forma fantástica pelo
nosso guardião, primeira na defesa do remate cruzado e, na sequência do mesmo lance, a fazer a mancha à recarga no poste contrário onde se encontrava inicialmente.
A equipa visitante não conseguia reagir, esteve muito longe daquilo que é a sua bitola e não conseguia afastar a pressão que o Canidelo realizava.
Até que surge, na sequência de um lance de bola parada, o primeiro golo dos da casa. A bola é bombeada para a área, onde surge o pequeno avançado do Canidelo a desviar para o fundo das redes. Curiosamente o autor do golo surge nas costas do Diogo a desviar a bola, com o nosso central sentado no chão por força de uma falta gritante cometida por um defesa local e não sancionada pela arbitragem.
O segundo golo surgiu poucos minutos depois e de bola parada. A equipa de arbitragem decide marcar uma falta fantasma em cima da grande área do FC Infesta…o nosso jogador indignado é convidado a ser substituído…e a bola é colocada superiormente na baliza do João Pedro. Sem hipóteses de defesa!
A partir deste momento o FC Infesta começou a reagir, com especial destaque para a ala esquerda, onde Fábio conseguiu sacudir o jogo. E talvez tivesse conseguido sacudir, caso a equipa de arbitragem tivesse marcado o corte para canto com a mão, que o defesa local efectuou no interior da sua grande área.
O relógio corria a favor dos da casa e o árbitro permitia as perdas de tempo que o Canidelo efectuava sempre que era necessário repor a bola em jogo.
Mesmo a terminar, a melhor oportunidade esteve nos pés do Duarte que remata cruzado em arco, centímetros ao lado do poste.
Não poderia terminar a minha análise da partida sem fazer um comentaria à paupérrima exibição da equipa de arbitragem. Não tenho por hábito falar das exibições destes senhores de apito e bandeirolas na mão porque estou a dar-lhes destaque quando não devem ter destaque algum, pois se têm qualidade é porque são isentos, e sendo isentos não merecem ser mencionados porque apenas fizeram aquilo a que são obrigados e para o qual todos nós pagamos.
De todos o único que esteve normal foi o fiscal de linha do lado oposto ao dos bancos de suplentes. O fiscal do lado do banco do Canidelo estava completamente ausente para assinalar os foras de jogo gritantes com que o ala direito da casa aparecia sempre isolado…não marcou um único fora de jogo na segunda parte…convertia as faltas atacantes em defensivas e no lance do segundo golo todos viram o jogador da casa a puxar a camisola do Sérgio que ficou com as costas todas expostas, mas a falta nos olhos dele foi do nosso lateral…na sequência do lance mandou o Sérgio ser substituído por causa da exaltação em que ficou o nosso jogador…no lance do primeiro golo quer o fiscal, quer o árbitro não assinalaram a falta sobre o Diogo que foi, literalmente, puxado e sentado no chão pelo defesa que marcava, facto que o impediu de cortar a bola de chegar ao pequeno e talentoso avançado do Canidelo que fez o golo…o nosso central não podia disputar nenhuma bola com jogadores mais pequenos pois ele marcava imediatamente falta (de certeza que se eu fosse discutir um lance com o Umaga ou com o Shaquille Oneal não teria qualquer hipótese de ganhar face à diferença de altura e peso e nunca seria falta, é uma questão de presença física)…o nosso João Miguel foi vítima de uma entrada lateral ao abdómen não sancionada…o lance do corte da bola para canto com a mão pelo defesa da casa no interior da sua grande área não foi sancionada, mas marcou canto (se viu porque não marcou?!)…num lance caricato em que o arbitro está a uns 5 metros de uma jogada que ocorre junto à bandeirola de canto, ele decide marcar pontapé de baliza para o Canidelo quando o árbitro auxiliar (lado oposto dos bancos de suplentes) assinala canto (e foi mesmo marcado canto!!!)…enfim…foi uma tarde em que o Ricardo (era o nome com que alguns jogadores do Canidelo tratavam um dos elementos da equipa de arbitragem) e os seus companheiros deviam ter feito um favor a todos e não deviam ter saído de casa!!!
Apesar de todas as incidências, a vitória do Canidelo é justa pela entrega, disponibilidade e raça que os seus jogadores demonstraram ao longo de todo o jogo.
MVP: João Pedro Realizou uma exibição muito segura e deu muita segurança à equipa. Perante o estilo de jogo do adversário e as condições meteorológicas, demonstrou grande tranquilidade nas suas defesas, nunca deixando a bola escorregadia escapar das suas luvas. Na segunda parte do jogo teve um momento brilhante: ao defender num poste, o remate cruzado do adversário e a fazer a mancha à recarga de um outro adversário, junto ao outro poste da sua baliza. Não teve qualquer responsabilidade nos golos sofridos.
