
Durante a semana procurou-se desenvolver um trabalho de maior descontracção e alegria nos treinos, esquecendo as questões tácticas e técnicas para outras alturas e desenvolvendo, unicamente, o treino de conjunto com grande alegria e participação dos misters (como é habitual).
Paralelamente a este trabalho no campo também se trabalhou fora das 4 linhas, com a distribuição de panfletos de promoção ao jogo e a apelar ao apoio à equipa. Foram impressos 50 panfletos e foi fantástica a participação de todos os nossos rapazes na distribuição dos mesmos pela cidade de São Mamede de Infesta e arredores.
Já no dia do jogo resolvi comprar umas (quer dizer, muitas!!!) gomas para distribuir pelos nossos rapazes após o jogo, independentemente do resultado, porque sabia que eles iriam dar tudo por tudo para conseguirem a qualificação e isso era o mais importante. Estava perfeitamente tranquilo porque tinha grande confiança no grupo e procurei, como sempre, transmitir-lhes a ideia de que é só um jogo de futebol e que eles não têm motivos para ficarem nervosos ou ansiosos, porque se eles jogarem o que sabem sairão sempre por cima.
Quando chegamos ao campo não pude deixar de reparar na forte assistência que o FC Foz trazia consigo, com t-shirts alusivas aos infantis do clube e com todos os nomes dos seus jogadores inscritos na frente das mesmas. São estes pormenores que tornam alguns clubes mais especiais que outros e tenho a certeza que são estas demonstrações de afectividade que dotam clubes com o FC Foz e o FC Infesta de forças que conseguem fazer frente ao poderio económico de clubes como o Leixões e o Porto. É o factor humano a equilibrar forças…
De qualquer forma, ao subir para o aquecimento pude constatar com maior rigor a excelente casa que o campo da arroteia apresentava e o bom estado do pelado para a prática de futebol. É que de manhã temi que o jogo se realizasse sob chuva forte e com um terreno “empapado” mas, para o bem de todos, o S. Pedro foi nosso amigo e resolveu brindar S. Mamede de Infesta com uma tarde de sol.
Durante o aquecimento temeu-se por nova contrariedade quando o Joel se queixou do pulso direito, afirmando que sentia dores a realizar alguns movimentos. Assim que descemos do aquecimento, foi assistido e nunca mais se queixou do pulso. Aliás, fez uma exibição soberba!!!
Faltavam poucos minutos para subir para o terreno e alguns jogadores confessavam-me que se sentiam nervosos. Nada de anormal até aqui mas com o meu apoio e os meus conselhos eles lá se soltaram no jogo.
Por se tratar de um jogo decisivo e porque é preciso injectar moral em alguns jogadores para que eles se assumam mais e entrem bem no jogo, resolvi oferecer uma nova braçadeira de capitão ao Lucas. Vermelha ou azul, depende da vontade do freguês, deu sorte e espero que continue sempre assim (coincidência ou não é que foi o lado vermelho que foi escolhido para ser exibido no braço esquerdo do Lucas). Glorioso SLB!!!
A partida começou com as equipas a equilibrarem-se muito no meio campo e a lutarem bastante pela posse da bola. Durante largos minutos assistiu-se mesmo a uma partida feia, com a bola a circular pouco pelo chão e com as defesas a não quererem nada com a bola, despejando-a com muita frequência. Acredito que este tipo de jogo espelhava o nervosismo que os jogadores das duas equipas apresentavam, tal a responsabilidade da partida.
Os lances de perigo começavam a aparecer nas duas balizas mas com os guarda-redes a resolverem as situações que iam aparecendo. De facto nem foram muitas as vezes que os guardiões interviram com graus de dificuldade elevados, muitas vezes o perigo pairava na área pela bola andar a saltitar lá dentro e não por surgir um remate perigoso.
Mas a equipa da casa acaba por chegar à vantagem através de um remate cruzado de Fábio, que leva a bola a sobrevoar o guarda-redes do Foz. Na verdade foi mais um centro que um remate mas o que contou foi que a bola entrou e estava quebrado o gelo. O golo deu mais moral aos visitados que poucos minutos depois podiam ter ampliado a vantagem caso o Fábio tivesse cabeceado ao segundo poste, um óptimo cruzamento da direita.
Mas a outra grande oportunidade dos da casa surgiu na sequência de um canto marcado pelo Leonel, desviado ao primeiro poste pelo Diogo e que foi sacudido para canto pelo guarda-redes adversário.
A segunda parte não tem muito para contar porque o equilíbrio foi a nota mais dominante. O único lance de perigo dos visitantes resultou de uma falha do Joel, que largou a bola para os pés do avançado adversário. Felizmente o remate saiu ao lado da baliza totalmente aberta!
A partida chega ao fim, o FC Infesta consegue assegurar o segundo lugar na série e respectiva subida de divisão e houve invasão de campo.
A festa foi enorme e bem merecida por um grupo que tem sofrido com as várias ausências e indisponibilidades de vários jogadores, vividas ao longo da época em curso.
O mérito é todo dos jogadores, eles merecem e são eles que nos motivam a sermos cada vez melhores e a exigir-lhes cada vez mais.
A família está de parabéns!!!
MVP: Diogo
Instransponível no jogo áereo e muito acertado na abordagem aos lances, o nosso "gigante", transmitiu sempre muita confiança para a equipa e para os seus colegas do sector defensivo. Nunca foi ultrapassado na velocidade e controlou muito bem o melhor marcador do Foz, o nº 9 (Viana).
Criou ainda muitas dificuldades à defesa contrária nos pontapés de canto e ainda teve tempo para fazer uma arrancada à Diogo, começando na defesa e só sendo interrompida a meio do maio campo defensivo do Foz, com um corte para fora.
Como jogou o FC Infesta?