Numa bela tarde de sábado, o campo da Arroteia recebia o derby mais escaldante do concelho de Matosinhos, o FC Infesta-Leixões.Separados por 7 pontos, a equipa da casa recebia a visita do 4º classificado e tinha a possibilidade de afastar o Leixões da disputa pelo acesso à subida à 1ª divisão da AF Porto no escalão de Juniores “D”.
Ao mesmo tempo começava também um jogo com muito interesse para estas duas equipas pois o 3º classificado, o Foz, deslocava-se ao terreno do Ramaldense, que tem-se revelado como um campo muito difícil, onde apenas o Porto passou invicto.
A semana que antecedeu este derby foi repleta de situações pouco normais, com particular incidência para o condicionamento do Rui que apresentava fortes dores nos gémeos, assim como os problemas de fadiga muscular que Lucas se vinha queixando.
A par destas situações limitadoras na preparação do jogo, aconteceram alguns problemas extra-balneário que são de todo lamentáveis, os quais não me vou alongar.
Atenção! Não pretendo com esta exposição se incidentes desculpabilizar a equipa pela derrota. O Leixões venceu porque foi superior.
Voltando ao jogo…durante o aquecimento antevia-se uma tarde fantástica para a prática de futebol, com uma boa casa e um clima fenomenal.
Mas antes do apito inicial, no balneário do FC Infesta, um dos nossos rapazes teve um comportamento reprovável para com outro colega. Além da gravidade do acto em si, existe um outro aspecto a reter: a reincidência do prevaricador. Mas é um caso para resolver internamente.
O jogo começou com o Leixões a controlar o meio campo e a demonstrar uma atitude competitiva formidável. Espírito de entreajuda, compensações e basculações laterais inteligentes dificultaram muito o início de jogo para o FC Infesta.
Mas sempre que os visitados conseguiam colocar a bola rente ao solo e circular a redonda com maior velocidade, criaram uma ou outra oportunidade, com destaque para o envolvimento do Zé Luís.Mas esta iria revelar-se uma tarde não para um dos jogadores mais influentes na nossa equipa e que ocupa um posição muito especial na nossa formação.
Uma bola bombeada para o ar deu origem ao primeiro golo dos leixonenses, com o Diogo a, inexplicavelmente, completamente sozinho, desviar-se da bola e alhear-se do avançado que só agradeceu o golo oferecido de bandeja. Diogo bastava dar uma simples cabeçada, não importa para onde!!!
Poucos minutos depois, uma hesitação na meia direita entre o Ruben, o Lucas e o Luís deu origem a um passe rasteiro para o extremo esquerdo do Leixões, que estando a correr em direcção ao Diogo, não teve qualquer oposição deste, pois o nosso defesa, estendeu novamente a passadeira ao avançado. Aqui o nosso central apenas teria que acompanhar o extremo e não esperar por ele para decidir correr. Acompanhando-o desviava-o para a linha de fundo ou cortava mesmo a bola. Em última instância uma simples obstrução resolvia a questão. Assim não aconteceu e…remate e golo sem qualquer hipótese para o Joel.
Mesmo quase de seguida a bola chega à defesa mamedense, onde Diogo sem pressão alguma controla mal, adianta a bola, atrapalha-se com o colega de defesa e empurra claramente o avançado que se aproveitou da total desconcentração defensiva. Livre superiormente executado e…golo!
E em 10 minutos o Leixões faz o resultado e o Joel de defender!A equipa reagiu muito mal aos golos sofridos e nunca se conseguiu encontrar nem impor o seu jogo, com o meio campo a nunca conseguir recuperar bolas e circular normalmente a bola.
Houve uma espécie de letargia que contagiou os nossos rapazes e que os prendeu de movimentos, atitude e ideias.
Com o intervalo a equipa da casa apareceu completamente transfigurada para melhor.
A melhoria da turma mamedense deveu-se, essencialmente, à atitude com que enfrentaram a segunda parte do jogo. Pressionaram alto, foram agressivos e nunca desistiram de nenhuma bola. Se a atitude da primeira parte fosse igual à da segunda de certeza que o resultado teria sido outro.
O jogo do Leixões passava exclusivamente pelos extremos direito e esquerdo, falsos avançados e com muita mobilidade. E as alterações que o FC Infesta realizou no decorrer da segunda parte anularam esses mesmos jogadores, numa primeira instância com a entrada do Daniel e, posteriormente, com a entrada do Pedro.Mesmo assim a equipa não conseguia ligar o seu jogo e só criou uma real oportunidade de golo na segunda parte. Na sequência de um livre executado pelo André, a bola chega aos pés do Diogo que só tinha de encostar a bola para o fundo das redes…mas saiu ao lado.
Aliás a primeira oportunidade de golo da partida esteve nos pés do Diogo, na marcação de um livre indirecto no interior da grande área leixonense. Na conversão do mesmo, a bola saiu ao lado.
Em resumo, foi o terceiro jogo em que o FC Infesta ficou em branco e a terceira derrota do campeonato. Ficam os erros para analisar e corrigir e a vontade de que o próximo jogo chegue o mais depressa possível…
MVP: Sérgio/DanielEra uma tremenda injustiça não referir estes nossos autênticos guerreiros como MVP neste jogo.
O Sérgio foi simplesmente igual a si próprio e manteve-se fiel às exibições que tem arrancado nas últimas jornadas. Entrega absoluta ao jogo e à equipa, correu quilómetros, recuperou bolas, saía quase sempre a jogar e mesmo quando passou para médio foi sempre muito incisivo na sua exibição.
O Daniel foi fantástico na forma como travou o extremo direito do Leixões. Basta encostar e não deixar virar o adversário para que tudo se torne mais fácil. Depois é só não inventar e, sempre que possível, sair a jogar. Mostrou agressividade e intimidou os adversários que caíam no seu lado tal como se lhe era exigido. E jogou a defesa a descair para a esquerda, muitas vezes a lateral…
Como jogou o FC Infesta?
