Objectivos

Com o início da nova época futebolística pretende-se com este blog registar todas as incidências dos jogos, desde uma crónica aos jogos, registo de resultados, de melhores marcadores e de MVP.São jovens que começam a dar os primeiros pontapés numa competição oficial e onde os técnicos do Futebol Clube de Infesta depositam a maior confiança para que juntos, no fim da época, possamos dizer “objectivos cumpridos”.

E que objectivos são esses? Abaixo segue a sua enumeração:


a) enfatizar que o bom percurso escolar é fundamental para a formação intelectual do indivíduo, para o seu futuro profissional e para a continuidade na "familia" que se pretende criar nos infantis do Futebol Clube de Infesta;

b) desenvolver um espirito de equipa, de competição saudável, de responsabilidade e de respeito pelo próximo (fair-play);

c) fomentar a alegria e o prazer de praticar desporto, mais especificamente, no futebol;

d) estimular a camaradagem, o reconhecimento e respeito pela autoridade;

Obviamente que todos queremos ser os melhores mas para que tal aconteça é precisso superar, indubitavelmente, todos os objectivos mencionados. Eles não são independentes, são complementares e constituem bases sólidas para um trajecto excelente do grupo em mais uma nova época.

Com a ajuda dos técnicos, directores e staff médico, esperamos ter o maior sucesso a todos os níveis e desejamos boa sorte a todos os nossos jogadores.

E depois de 2007/08...que venha a 2008/09...e também 2009/10!!!

domingo, 9 de março de 2008

Candal 1-1 FC Infesta


A jornada deste fim-de-semana presenteava todos os adeptos do desporto rei com mais uma final para o FC Infesta. A segunda das três finais que faltam nesta 1ª fase e que opunha o Candal ao FC Infesta, nas fantásticas instalações do clube de Vila Nova de Gaia.

A semana de preparação para esta partida foi bastante condicionada por diversos motivos, com especial incidência para a questão escolar que obrigou muitos dos nossos jogadores a faltarem a muitos treinos, para se prepararem para estes últimos exames do segundo período.

A par desta questão, esteve também o problema das lesões que têm afectado o plantel e que têm impedido a participação normal de todos os jogadores nos treinos que se foram realizando.

O dia do jogo estava fantástico para a prática de futebol com uma temperatura amena e um relvado sintético nas melhores condições mas com uma “nuance”: o relvado tem um corte muito rente, facto que não protege, convenientemente, os atletas nas quedas.

Foi a primeira vez que tive a oportunidade de conhecer o Complexo Desportivo do Candal e fiquei muito bem impressionado com as condições das instalações desportivas e com algumas manifestações de apoio do clube da casa a todos os seus atletas, espalhadas pelo complexo, como, por exemplo, a colocação de posters das diferentes equipas que constituíram/constituem as diversas camadas jovens e seniores de diferentes épocas desportivas.

Os clubes, especialmente na formação, deviam desenvolver iniciativas de apoio e incentivo aos jovens que desejam praticar, no caso em particular, futebol pois só dessa maneira é que se consegue cativar e fidelizar os jovens a desenvolver toda a sua formação desportiva no clube que os acolheu desde o inicio.

Mas retomando ao tema principal...o jogo.

Para esta partida a novidade foi a colocação do Daniel no eixo da defesa, recuperando a dupla de centrais que havia iniciado a presente época. Daniel esteve em muito bom plano na jornada anterior e mereceu a confiança dos técnicos, relegando João Miguel para o banco de suplentes.



De resto nada de novo a acrescentar numa partida que se veio a revelar como uma caixinha de surpresas, azares e aprendizagem...

O jogo começou com o FC Infesta a instalar-se no meio campo adversário com uma boa circulação de bola e movimentação colectiva. A equipa da casa procurava explorar a sua ala esquerda, mais concretamente, o seu extremo esquerdo que possuía boa técnica individual e velocidade. As raras ocasiões de perigo que o Candal criou junto da baliza do Joel, resumiram-se a saídas do Joel em que o mesmo demonstrou muita precipitação ao tentar bater a bola e a um ou outro atraso mal medido da nossa defesa.

Mas o relógio não parava e, especialmente, o nosso lado esquerdo continuava a fazer mossa na defensiva contrária. Com tabelas simples e quase sempre com superioridade numérica, o Fábio, o André e o Sérgio “furavam” pelo lado esquerdo e criavam várias situações de remate para os nossos avançados. Quando a bola não chegava à linha avançada, os nossos médios conseguiam, frequentemente, “romper” e tentavam a finalização do lance.
Se o lado esquerdo estava muito activo, o lado direito não se deixou adormecer, apesar da tarde desinspirada do Vitor. Com a entrada, mais tarde, do Luís, o nosso lado direito também começou a “mexer” e, sempre que podia, o Zé Luís tentava a penetração e consequente assistência ou finalização. Contudo o nosso ala, começou a queixar-se de dores musculares…



Com o Rui e o Lucas também em bom plano, neste caso no miolo, adivinhava-se que o marcador poderia ser inaugurado a qualquer minuto, tal era o caudal ofensivo mamedense.

Até que a defensiva do Candal alivia a bola para a entrada da área e o Rui faz um golaço!!! Um remate com a bola no ar, que sobrevoa a defesa e entra muito perto do ângulo superior direito da baliza. Apesar da estirada do guardião local e do toque que ainda conseguiu dar na bola, aquele remate já tinha selo de golo!

O Rui motivou-se com o golo e a equipa acompanhou o seu aumento de confiança e só não chega pouco depois ao 0-2, porque Leonel não atacou, devidamente, a bola de cabeça depois de o guarda-redes já estar fora do lance e a baliza ficar totalmente aberta! Aqui o jogo poderia ter ficado decidido.

Mas as oportunidades surgiam, primeiro André na cobrança quase perfeita (só não foi perfeita porque o guardião da casa fez uma grande defesa) de um livre à entrada da área e depois Rui num remate de primeira a um cruzamento de Fábio, já no limite da pequena área.



A bola rolava bem pelo relvado e a nossa equipa estava muito pressionante, querendo resolver o jogo o mais cedo possível e criando várias oportunidades de golo.

Até que num lance normal a meio-campo a bola é bombeada para a ala esquerda dos visitados e numa hesitação/relaxamento do Vitor a bola chega ao extremo esquerdo que a coloca na área. A defesa é apanhada descompensada e o esférico cruza a grande área, sem que ninguém toque na bola, chegando a Sérgio que, infelizmente, escorrega e faz um corte defeituoso…para o médio adversário simplesmente encostar!

Foi um golo fortuito e que penaliza a falta de concentração numa zona onde não se pode adormecer.
A equipa mamedense continuou à procura da vantagem quando se dá o momento do jogo: Rui cai sozinho no meio campo sem que nada o tivesse atingido.
O nosso jogador é retirado do terreno do jogo e segue para a enfermaria e a equipa quebrou! Se por um lado ficou psicologicamente afectada, tembém é justo dizer que o Candal aproveitou os 8/10 minutos que o FC Infesta jogou com 10 elementos na expectativa da recuperação do Rui.



E durante esse período a equipa da casa teve um lance de grande perigo, na sequência de uma asneira do Joel, onde o avançado do Candal ficou com a baliza à sua mercê mas não conseguiu concretizar, saindo o remate ligeiramente ao lado da baliza descoberta.

Infelizmente o nosso médio teve de ser substituído pelo João Miguel que demorou a “entrar” no jogo mas que com o passar do tempo estabilizou o meio campo.

Poucos minutos depois chega o intervalo.

Neste período a equipa sofreu novo contratempo, com o Sérgio a não subir ao relvado no reatamento da partida.

Em consequência desta substituição o João Miguel é obrigado a desviar para a esquerda da defesa e o meio campo é novamente mexido com a entrada do Ruben.


Relativamente à segunda parte apenas posso referir o lance de maior polémica de todo o jogo que impediu o FC Infesta de somar os 3 pontos nesta jornada.

Num livre indirecto, novamente, André executa o livre de forma superior, levando novamente o guardião da casa a fazer uma boa defesa, desviando a bola para o poste mas não impedindo que a mesma beija-se o fundo das redes. Sem margem para dúvidas, golo limpo!!! Contudo o árbitro afirmou que o guarda-redes não tocou na bola!!! Erro crasso com influência direta no resultado.

Importa ainda salientar os cerca de 5 minutos que jogamos, novamente, com 10 jogadores por força da lesão no cotovelo do Luís (foi calcado no chão).

Pouco depois a partida chega ao fim e o resultado que fica é o empate.

PS: O motivo pelo qual não me alonguei na crónica para a segunda parte deve-se ao facto de ter ficado com o Rui no posto médico a fazer-lhe companhia e a acompanhar a sua evolução clínica. Felizmente tudo correu bem para o nosso Rui e já sentimos a sua falta!



- Rui





MVP: André/Daniel

Eu não quero ser repetitivo mas há jogadores que estão a manter um nível exibicional muito regular e elevado e esse é o caso do André. Esteve muito em jogo durante toda a partida, jogou, fez jogar, desarmou, rematou, lutou, correu e mostrou-se muito decisivo nos lances de bola parada. Fez um golo limpo mas não passa sem levar um recado meu: é preciso ter atenção aos braços do árbitro para saber se estamos perante um livre directo ou indirecto.
O Daniel manteve a bitola que atingiu na jornada passada mostrando-se sereno e procurando sempre sair a jogar. Houve um ou outro lance em que jogou demasiado bonito mas aprendeu com esses erros e depois teve uma exibição muito boa e personalizada. Transmitiu segurança e uma vontade de vencer fantástica, por exemplo, quando insistiu com os colegas para não darem a bola ao adversário quando um jogador do Candal jogou a bola fora para assistência de um colega de equipa. Apesar da ausência de fair play, que condeno obviamente, ele justificava o não devolver a bola pelo empate que se mantinha no resultado. Gostei da justificação mas não se pode ignorar o fair-play Daniel.


Como jogou o FC Infesta?